No Estádio da Luz, bastava aos comandados de Jesus um empate para seguir em frente na prova, mas os encarnados não fizeram por menos e venceram categoricamente o Marítimo -única equipa que bateu o Benfica esta época- por claros 3-0. Com Emerson e Luisão lesionados, Jesus lançou para os seus lugares Capdevilla e Jardel para fazerem companhia a Maxi e Garay, aproveitando o treinador para fazer descansar Artur (Eduardo jogou no seu lugar), Cardozo e Rodrigo (a frente de ataque foi entregue a Nélson Oliveira e a Saviola), enquanto que no meio-campo os titularíssimos Javi Garcia, Aimar, Nolito e Gaitán completaram o onze inicial, num 4-4-2 losango, frente a um Marítimo ainda a procurar o substituto de Baba.
Nico ainda não está na sua melhor forma, mas vem subindo de rendimento. |
Jesus não poupa Javi Garcia. Percebe-se o porquê a cada jogo. |
Na segunda parte, de novo (muito) mais Benfica, que arrasou por completo o Marítimo, que não conseguia sacudir a pressão face a tal superioridade encarnada, superioridade essa que se acentuou após a expulsão do maritimista Pouga, resultando ainda em mais oportunidades (desperdiçadas) para os encarnados (Saviola foi o rosto desses falhanços, tal a quantidade de oportunidades por si desperdiçadas).
Arriscando-se a todo o momento a sofrer o golo do empate, Jesus lançou Rodrigo em campo por troca com Saviola aos 67 minutos, e o hispano-brasileiro precisou apenas de cinco minutos para facturar, algo que o número 30 argentino não fez em mais de uma hora (e não foi por falta de oportunidades...), dando o melhor seguimento á jogada que o próprio iniciou, não sem antes passar pelos pés de Nélson Oliveira (melhor em campo) e de Gaitán. Após mais uns quantos desperdícios de ambas as partes, o terceiro lá acabou por surgir, aos 80 minutos e novamente por Rodrigo, que rematou para a baliza deserta após tirar o guardião adversário do lance. Até final, nota apenas para a estreia de Djaló pelo Benfica. Muita nota artística dos encarnados nesta partida.
O Benfica tem aqui dois prodígios; o português foi o melhor em campo, o espanhol bisou em 25'. |
Homem do jogo: Sem qualquer dúvida, Nélson Oliveira. O português apresenta-se cada vez a um melhor nível sempre que tem oportunidades para isso e no Domingo fez o que quis da defesa adversária, com destaque para o golo que marcou: soube-se posicionar para não cair em fora-de-jogo, ainda olhou para o fiscal de linha e colocou a bola onde queria, demonstrando uma frieza notável para a idade que tem.
Jesus e o comentador da SIC disseram frases bastante esclarecedoras sobre o jovem avançado: o primeiro disse que (a par de Rodrigo) “não vai ficar muito tempo no Benfica”, enquanto que o segundo referiu que “neste momento, Nélson Oliveira era titular em qualquer equipa portuguesa menos no Benfica”, que tem ainda Cardozo, Rodrigo e Saviola para o ataque.
O Benfica vai receber dia 21 de Março o Porto na meia-final da competição, pois os dragões receberam e venceram o Vitória de Setúbal por 2-0, com os reforços em evidência.
Vítor Pereira deu oportunidade aos menos utilizados e apresentou um onze muito diferente do habitual, com Bracali na baliza, Danilo (estreia a titular com a camisola azul e branca), Maicon (de volta, com titular, á sua posição original), Mangala e Alex Sandro na defesa; no meio-campo, Fernando como elemento mais recuado, com Moutinho e Lucho González á sua frente e no ataque, ‘Cebola’ Rodriguez de um lado, Varela do outro e Marc Janko no centro. Apesar da falta de rotinas de alguns jogadores, a superioridade portista nunca esteve em causa, já que o campeão nacional dominou a seu bel-prazer, não tendo sido de estranhar que, á passagem dos 20 minutos, Lucho tenha colocado o Porto a vencer, através de um golo magistral e digno de um dos melhores do ano, com a bola a entrar “onde a aranha passa a noite”.
Lucho regressou, marcou um golaço e foi o homem do jogo. |
A vencer por um golo de diferença na saída para o intervalo, o Porto entrou no segundo tempo disposto a arrumar por completo a partida e, após muitas defesas do guardião sadino Matos, os dragões conseguiram chegar ao segundo a pouco mais de 20 minutos do final do encontro, por intermédio do estreante Marc Janko, que (á enésima tentativa) coroou o primeiro encontro ao serviço do seu novo clube com um golo, já depois de Vítor Pereira ter esgotado as substituições com as entradas de James e Álvaro Pereira para os lugares de Cristian Rodríguez e Alex Sandro, respectivamente.
O avançado austríaco não podia ter tido melhor estreia. |
Homem do jogo: Muitos perguntam se Lucho Gonzalez saiu mesmo do Porto ou se esteve duas épocas e meia a fazer apenas uns treinos no Marselha, tal a exibição e o entrosamento apresentado pelo argentino. “El Comandante” foi mesmo um comandante em campo e vem acrescentar muito a este Porto. Marc Janko merece também destaque, pois chegou, viu...e marcou.
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