sábado, 11 de fevereiro de 2012

Com Rinaudo em campo o bailinho da Madeira tem outro encanto

O Sporting apurou-se para a final da Taça de Portugal ao bater o Nacional na Choupana por 1-3 e vai agora jogar a final frente á Académica.
Precisando de ganhar ou de empatar a três ou mais golos, os leões entravam em campo para o “jogo da época” (quando ainda estão na luta pela Champions...) com Rinaudo de regresso á titularidade após meses parado por lesão e com a estreia de Xandão no centro da defesa devido á ausência do castigado Onyewu, tendo também Rui Patrício e Insúa regressado á titularidade após a “folga” concedida no nefasto jogo da Taça da Liga frente ao Gil Vicente. Assim, o Sporting apresentou-se em 4-3-3 constituído por Rui Patrício, defesa formada por João Pereira e Insúa nas laterais e Polga e Xandão no eixo defensivo, meio-campo formado por Rinaudo a trinco, Matias e Elias á sua frente e Capel, Wolfswinkel e Carrillo no ataque.
Depois da exibição que fez, o 21 de Alvalade bem merece que os companheiros celembrem com ele.
O Sporting, em desvantagem na eliminatória, procurou desde cedo tomar conta do jogo, mas foi o Nacional a primeira equipa a criar perigo, através de... João Pereira, que enviou a bola á barra da sua própria baliza ao tentar cortar a bola. Foi o primeiro e único lance de verdadeiro perigo do Nacional na primeira parte, muito por culpa de um senhor jogador chamado Rinaudo, que não acusou falta de ritmo e parou toda e qualquer investida insular. Para além disto, o argentino subiu no terreno para mostrar aos colegas como se marca um golo (e que grande golo), ao disparar um míssil á entrada da área, sem hipóteses para o guardião adversário. O jogo desenrolou-se calmamente até ao intervalo (não sem antes o Nacional ser obrigado a fazer a segunda alteração forçada no encontro, visto que o guarda-redes lesionou-se e teve que sair).
Mateus ainda tentou mudar o filme do jogo, mas ainda não foi desta que o Nacional se conseguiu apurar para o Jamor.
Na segunda metade, o Nacional, mesmo tendo ficado reduzido a dez, entrou melhor e logrou mesmo empatar a partida e apurar-se momentaneamente para o Jamor, através de um excelente golpe de cabeça por parte de Diego Barcellos, numa altura em que Domingos tinha já sido obrigado a tirar Capel, lesionado, e colocar Evaldo, avançando Insúa para extremo esquerdo. O Sporting não acusou o golo sofrido e, perante um Nacional a jogar com 10 e com as linhas recuadas depois do empate, foi á procura do segundo golo, arriscando Domingos ao tirar Rinaudo (melhor em campo) para colocar o avançado Ribas e passar a jogar com dois pontas de lança, acabando esse golo por surgir, numa grande penalidade transformada em golo por Wolfswinkel, aos 75 minutos.
João Pereira arrumou de vez a questão com um excelente golo.
O Nacional ainda teve oportunidades para levar o encontro para prolongamento, como as desperdiçadas aos minutos 82 (Keita, livre de marcação, não consegue concretizar), 88 (novamente Keita, desta vez a chegar atrasado a um cruzamento) e já para lá dos noventa (remate de Mateus muito bem parado por Patrício), quando o Sporting tinha já voltado ao seu modelo original, tirando o holandês goleador para colocar Carriço a trinco. Depois de tanto desperdício da parte dos madeirenses, a turma de Alvalade sentenciou a partida e a eliminatória no quarto e último minuto de compensação, numa excelente jogada de João Pereira que, após driblar quatro adversários, picou a bola por cima do guarda-redes e fez o terceiro para os leões.
Com este resultado, o Sporting carimbou o passaporte para a final do Jamor, a disputar em Maio frente á Académica, que empatou fora de casa a duas bolas frente á Oliveirense, depois de ter vencido na primeira mão por 1-0.
Domingos tem motivos para estar contente com a exibição dos seus pupilos.
Homem do jogo: Para quem, como o próprio já afirmou, não quer ficar muito tempo no futebol, Rinaudo ameaça tornar-se num caso (ainda mais) sério e deixar muitas saudades para os lados de Alvalade. Que jogão fez o argentino ex-Gimnasia La Plata, que nem parecia estar a disputar o seu primeiro encontro desde Novembro, tal a facilidade com que estancava os ataques do Nacional, já para não falar do golo que marcou. Depois da lesão do argentino, Domingos tentou tudo e mais alguma coisa para suprimir a falta do leão, mas neste jogo, mais que nunca, viu-se que o melhor substituto do argentino é ele próprio.

Imagens: www.record.xl.pt

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