segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Análise ao Sporing-Porto (14ª jornada)

Nada melhor que um clássico para abrir as hostilidades deste blog. Só é pena que este não tenha sido um grande espectáculo. Mas vamos por partes: numa partida em que ambas equipas se apresentaram no habitual 4-3-3 de triângulo invertido, o Porto entrou da melhor forma, com as suas linhas muito subidas, pressão alta e domínio total nos 15 minutos iniciais, com a equipa de Alvalade a ver o adversário jogar, sem conseguir assentar o seu jogo, em parte pelo grande nervosismo dos seus jogadores, já que 8 dos 11 atletas leoninos titulares jogaram pela primeira vez contra o campeão nacional, incluindo a surpresa Renato Neto. Quem lucrou com este factor foi o Porto, que tomou as rédeas do jogo, mas não por muito tempo, pois o Sporting reage a esta pressão inicial, não deixando o oponente aproximar-se da sua baliza, embora sem conseguir criar oportunidades de golo.
A partir dos 20 minutos os comandados de Domingos Paciência tomam conta da partida, criando a primeira grande oportunidade de golo por Polga, para grande defesa de Helton á passagem do minuto 28, respondendo na mesma moeda á defesa de Rui Patrício a cabeçeamento de Maicon aos 13 minutos, quando o Porto ainda dominava. O jogo desenrolou-se calmamente até ao intervalo, sem mais oportunidades tanto para uma como para outra equipa.


No segundo tempo o Porto começou de novo melhor, muito por “culpa” de Moutinho, que ia chegando para a encomenda tanto no plano defensivo como nas saídas para o ataque, obrigando Domingos a mexer na equipa, fazendo entrar Matias e Izmailov, conferindo outra acutilância ofensiva á turma leonina, no entanto sem resultados práticos. A grande oportunidade do Sporting foi a 7 minutos do fim, com um excelente corte de Álvaro Pereira a negar o golo em cima da linha a remate do russo.
O jogo ia caminhando para o seu final, os treinadores pareciam estar satisfeitos com o resultado, com Rui Patrício e os adeptos atrás da sua baliza na segunda parte a serem espectadores no verdadeiro sentido da palavra, mas não ganharam para o susto aos 91 minutos quando James, já em campo juntamente com Defour e Kléber remata na área verde e branca e vê a bola bater no companheiro Otamendi que impede o marcador de funcionar.
Num jogo com mais Porto, foi um resultado justo, num jogo fraco e atabalhoado, com poucas oportunidades de golo em que o principal penalizado foi o público, onde se comprovou que este Sporting não tem equipa para o título esta época.

Domingos Paciência: Num jogo em que o Sporting estava obrigado a vencer, esteve mal ao colocar de inicio uma equipa mais defensiva, de contenção, deixando Matias no banco e dando a titularidade ao estreante Renato Neto ao lado de Schaars, procurando diminuir o raio de acção de Moutinho. Com isto os principais prejudicados foram Elias e o perdulário Wolfswinkel. Apresentou-se muito receoso e isso reflectiu-se no resultado.

Vitor Pereira: Apresentou uma equipa muito ofensiva e experiente, com apenas um reforço e foi quem mais procurou a vitória. No entanto, Cebola Rodriguez foi uma aposta falhada. Apesar da entrada de Kleber, aparentou estar satisfeito com o resultado quando fez entrar Defour.

Homem do jogo: Tirou bolas em cima da linha de golo, apoiou o ataque e colocou Carillo no bolso. Álvaro Pereira fez um jogo exemplar e confirma cada vez mais o estatuto de imprescindível na turma portista.
Esperava-se mais de Capel e de Wolfswinkel.


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