terça-feira, 10 de janeiro de 2012

United segue em frente na taça: Mancini joga bem ao intervalo mas City é eliminado

Está na altura de analisar o grande jogo do fim-de-semana. Após o decepcionante clássico português, este Duelo -com maiúscula- respondeu aos mais cépticos: “porque é considerado o futebol inglês como o melhor?”. Nada melhor do que ver e analisar este espectáculo para tirar a questão a limpo. Os azuis de Manchester entraram em campo sem vários dos habituais titulares como o lesionado Mario Balotelli, Clichy ou os irmãos Touré-ao serviço da selecção-, o City apresentou-se em campo no 4-2-3-1 com Milner e De Jong como médios mais recuados, Adam Johnson e David Silva nos flancos direito e esquerdo respectivamente e Samir Nasri no apoio a Sergio Aguero. Já os red devils jogaram no habitual 4-4-2, com Nani e Valencia nas alas e o jovem de 38 anos Ryan Giggs mais como interior ao lado de Carrick, deixando as despesas do ataque para Rooney e Wellbeck. O City até começou melhor, a pressionar o rival em cima mas foi o United quem se adiantou no marcador logo aos 10 minutos por Rooney. Após a expulsão de Kompany á passagem do minuto 12, a equipa do italiano Mancini recua Milner para o centro da defesa e passa a jogar em 4-4-1, mantendo o domínio do jogo mas sem resultados práticos, apesar dos esforços de Kun Aguero. Com mais dois golos em 10 minutos, um deles numa recarga a um penalty, o Manchester United vai para o intervalo a ganhar 0-3 e com a ilusão que o jogo estava decidido. Pura ilusão...
Na segunda parte o City alterou o seu esquema táctico com as entradas do lateral Zabaleta e do central Savic para os lugares de Johnson e de David Silva, que não esteve muito em jogo, jogando a partir desse momento em 3-5-1 com Savic, Lescott e Kolarov atrás, voltando Milner ao seu lugar de origem ao lado de De Jong, Nasri, Adam Johnson e Zabaleta, que actuava como ala quando a sua equipa estava no ataque, preenchendo a lateral direita quando o United atacava, mantendo-se Aguero intocável na sua posição. Só que este novo posicionamento da equipa dos petrodólares confundiu e de que maneira os diabos ingleses que poucas foram as vezes que saíram para o ataque, tendo Rooney e Wellbeck aproveitado para dormir uma sesta na 2ª parte, tal foram as poucas vezes que viram a bola nos seus pés. Kolarov, na sequência de um livre, relançou a partida e Aguero apontou o merecido golo, já com Paul Scholes de regresso aos relvados após meio ano na “reforma”, que de resto fica mal no lance após um lançamento de linha lateral.
O resultado não mais se alterou apesar do sufoco do Manchester City, que foi desta maneira eliminado de forma injusta da taça e vê o rival vingar-se dos copiosos 6-1 para o campeonato.

Destaques: Ver Paul Scholes de regresso aos relvados é extraordinário e comprova que velhos são os trapos, tem ainda muito para dar ao futebol, só que não lhe podem pedir que seja o salvador da Pátria red devil; O City pagou cara a poupança de alguns jogadores-chave para o desafio, mas mesmo assim fez (muita) frente ao United, que tem a equipa mais débil dos últimos anos. No entanto, os azuis de Manchester têm uma equipa fabulosa e, apesar da derrota, assumem-se cada vez mais como os principais candidatos ao título; Finalmente, é pena ver um treinador como Sir Alex “queimar” um jogador como De Gea, que tem um brilhante futuro pela frente e tem tudo para ser o substituto ideal de Van der Sar.

Homem do jogo: Rooney marca dois golos mas Aguero merece este “prémio”, pelo muito que batalhou.

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