segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

União de Leiria-Benfica: o regresso ao trono

 O Benfica entrava em campo sabendo de antemão que podia aproveitar o empate dos dois rivais para chegar ao 1º lugar isolado do campeonato. E demonstrou todo o seu poderio, ou quase, já que Aimar e Gaitán não puderam alinhar pelos encarnados, fazendo alinhar nos seus lugares Witsel e Bruno César. Se no caso do primeiro Jesus pode puxar-lhe ligeiramente as orelhas, já o brasileiro aproveitou a oportunidade para demonstrar que esta águia não sofre de “falta de asas” como no ano passado.
Sem o número 10 argentino operacional, Jesus colocou o belga de início procurando, com as devidas distâncias, que este fizesse o papel do mágico argentino e que o clube da Luz jogasse num 4-1-3-2, com Cardozo e a pérola Rodrigo no ataque. No entanto, não raras vezes se pôde ver o camisola 28 na “marcação” a Javi Garcia, alterando o esquema táctico para 4-4-2, o que implicou que não houvesse ninguém a levar jogo para o ataque. A União de Leiria aproveitou para começar o jogo por cima e podia mesmo ter marcado aos 6 minutos, a remate de calcanhar de Djaniny, jogador de enorme potencial que o Benfica já assegurou para a próxima época, que Maxi Pereira tirou sobre a linha de golo. Mas á semelhança do que se passou em Guimarães, os encarnados voltaram a adiantar-se no marcador sem terem feito muito por isso, num excelente remate do “chuta-chuta” Bruno César após cruzamento de Emerson, que desde o jogo com o Marítimo para a Liga vai a cada partida conseguindo calar as críticas com exibições cada vez mais conseguidas. Mas aquele passe primoroso de calcanhar por parte de Nolito é qualquer coisa de extraordinário.
Após o golo o Leiria caiu de rendimento e o Benfica passou a controlar o jogo, aproveitando a subida de produção e no terreno de Witsel, voltando assim os encarnados ao 4-1-3-2 inicial que ficou até final. A partir dos 35 minutos, só existiu Benfica em campo, que controlou o jogo como quis e podia ter aumentado a vantagem ainda no primeiro tempo.
Na segunda parte o Benfica cilindrou os leirienses e trouxe á memória o rolo compressor campeão, tendo marcado três golos mas com oportunidades para fazer muitos mais.  Cardozo matou o jogo logo após o descanso com uma bomba a 100 km/hora capaz de derrubar o castelo de Leiria tal a violência do míssil e comprovou algo que já há muito devia estar comprovado: Rodrigo, Nélson Oliveira e futuramente Djaniny são uns diamantes, Saviola dispensa apresentações, mas o Tacuara é o melhor avançado que o Benfica dispõe desde há muitos anos. 
Os golos de Rodrigo surgiram naturalmente, com especial destaque para o último: se houvesse um galardão a premiar a melhor assistência, Bruno César seria desde já o vencedor.
Saviola e Rodrigo Mora podiam ter aumentado a vantagem, mas o resultado não se alterou e a turma visitante saiu de Leiria com os 3 pontos, o primeiro lugar na tabela mas principalmente com a demonstração que é a equipa mais forte da Liga.

Homem do jogo: Bruno César, pelo que jogou, fez jogar (aquele passe de calcanhar para Maxi...) e marcou. Nota ainda para Javi Garcia, que apesar do tamanho parece meio escondido do jogo mas que independentemente do adversário, não há nada que passe por ele. E quem tem Cardozo tem golo(s).

Bruno César, o homem do jogo

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