quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Liga Portuguesa: Embate entre Sportings deu vitória aos do Minho

Jogo grande no Minho entre Sportings com a vitória a sorrir aos da casa por 2-1 e ultrapassar o rival no 3º lugar da tabela. Ambas as equipas entraram em campo com o mesmo figurino táctico (4-2-3-1) mas se pelo Braga isso já era mais ou menos esperado, já o onze de Domingos foi surpreendente: Evaldo jogou na lateral, Insúa avançou no terreno para ocupar a ala esquerda atacante, Rodriguez fez parelha com Onyewu no centro da defesa, o titular nas últimas duas partidas Renato Neto nem no banco esteve, tendo os médios mais defensivos sido Elias e Schaars com Matias a número 10, Capel no lado direito e o recém-chegado Ribas a substituir o lesionado Wolfswinkel na frente.
A táctica leonina até podia dar certo, mas o “problema” é que do outro lado esteve um Hugo Viana ao seu nível e um Mossoró que secou o meio-campo verde e branco. Resultado disso foi o domínio inicial minhoto, que podia ter marcado logo ao 2º minuto, não fosse o remate de Viana desviado pelo colega Hélder Barbosa.
Mossoró anulou os visitantes e foi o homem do jogo.
O Sporting só conseguiu equilibrar as contas a partir do quarto de hora, altura que Elias e Schaars se conseguiram soltar da pressão bracarense e assumir a saída para o ataque do clube de Alvalade, que assim foi criando relativo perigo junto á área de Quim, com Mossoró (sempre ele) a tentar puxar o conjunto minhoto para o ataque, mas sem resultados práticos e assim chegou-se ao intervalo com tudo a zero.
Elias não fez um grande jogo mas ainda tentou remar contra a maré bracarense.
Na 2ª parte, os leões podiam ter aberto o marcador numa grande jogada de Matias que levou a bola a esbarrar no poste. No entanto, foi o Braga a marcar, por Hélder Barbosa aos 51 minutos, a cruzamento de Alan, com João Pereira e o central americano a falharem redondamente na tentativa de cortarem o lance. Nesta jogada pôde-se ver que a defesa leonina não é capaz de ganhar um lance ao sprint, é, de facto, muito lenta...
13 minutos depois, novo golo: perda de bola a meio-campo do Sporting na tentativa de sair para o ataque (aliás, os dois golos bracarenses resultaram de perdas de bola leoninas), grande passe de Hugo Viana a isolar o rapidíssimo Lima que não deu hipóteses a João Pereira.
Hélder Barbosa e Lima marcaram os golos da vitória dos arsenalistas.
Com 2-0, Leonardo Jardim tirou do jogo (quiçá cedo demais) Mossoró e o Sporting aproveitou para circular melhor a bola, criar mais perigo e ameaçar o golo, que acabou por surgir a 15 minutos do fim, por Carrillo (que havia entrada a substituir Insúa), com Quim a ficar muito mal na fotografia. No entanto, a partir do golo o jogo ficou algo apático e nenhuma das equipas conseguiu criar mais perigo (muito menos o Braga, que havia sido privado de Mossoró, o que tornou a saída do Sporting para o ataque mais perigosa e retirou aos arsenalistas capacidade para atacar e fazer chegar a bola em condições ao avançado). Assim, o resultado não mais se alterou e o Braga conquistou três pontos muito importantes. O Sporting por sua vez, disse “adeus” a algo a que nunca tinha dito “olá”, o título.  Nota para o atraso de Evaldo para Rui Patrício que o guardião da nossa selecção agarrou mais, sendo já a 3ª vez que isso acontece este ano...

Leonardo Jardim: esteve bem em todas as decisões que fez na equipa até ao 2º golo, quando resolveu tirar o super Mossoró de campo. No melhor pano cai a nódoa mas o treinador madeirense fez tudo para alcançar a vitória.

Domingos Paciência: Á semelhança do jogo com o Porto entrou mais preocupado em anular o adversário do que em procurar a vitória. Não tem culpa da lesão de Rinaudo há uns meses, que atirou para o “estaleiro” a massa consistente que possibilitou ao Sporting praticar o melhor futebol em Portugal durante umas semanas, mas o que é certo é que já foram cinco as opções para aquele lugar e nenhuma delas funcionou...

Homem do jogo: Mossoró fez uma enorme exibição e, como supracitado, secou por completo a equipa adversária. É por jogadores desta qualidade que Portugal deixou há muito de ser um país fraco com equipas igualmente fracas.

Imagens: www.record.xl.pt

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