Na passada Quarta, os amantes do futebol assistiram ao melhor Barcelona – Real Madrid dos últimos anos. O Real fez um jogo fantástico e merecia melhor sorte, enquanto o Barça é... o Barça. Os madrilenos foram eliminados, mas decerto que os adeptos não ficaram descontentes com a exibição... Vamos por partes: á partida para esta segunda mão dos quartos de final da Taça do Rei, o Real Madrid deslocava-se a Camp Nou em desvantagem devido á derrota sofrida em Bernabéu por 1-2 uma semana antes e com muito mais a perder do que a eliminatória, ao contrário do que muito se disse, pois os merengues podiam perder também a credibilidade perante os seus exigentes adeptos, Mourinho podia perder o plantel, que se podia desmoronar como um baralho de cartas, os níveis de concentração para o (muito) que resta do campeonato iriam baixar com mais um título perdido para o Barcelona (e recordemos as passadas Champions, Liga e Supertaça) e todo o trabalho que Mourinho construiu nestes dois anos poderia ser em vão se acontecesse mais um “desastre”. E sem imaginar os meios de comunicação social, que iriam fazer o “funeral” a Mourinho...
Em mais um "duelo" Messi-CR7, o português levou a melhor desta vez. |
Tendo que ganhar por dois golos de diferença ou vencer marcando pelo menos três, Mourinho (que, bem ao seu estilo, não cedeu a pressões e lançou Pepe no onze -e que grande jogo fez o internacional português- para jogar ao lado de Sergio Ramos no centro da defesa com Arbeloa e Coentrão nas laterais) iniciou a partida com apenas um avançado de raiz (Higuaín), mas o argentino era soberbamente apoiado por Kaká, Cristiano Ronaldo e Ozil, com Lass Diarra atrás deste trio como meio para parar o Barcelona logo na primeira fase de construção caso algo corresse mal e o Real perdesse a bola. Quando a equipa tinha de defender, apenas Higuaín ficava na frente, baixando todos os outros de modo à turma merengue defender em 4-5-1, com Lass junto ao carrossel merengue, como já tive oportunidade de escrever neste blog, que é Xabi Alonso. Já o Barcelona apresentou-se como esperado em 4-3-3, com a única surpresa (se é que se pode chamar assim tal a quantidade de vezes que isto se verificou no passado) a ser o posicionamento de Iniesta no trio atacante, ao lado de Alexis e Messi, jogando no meio-campo Busquets, Xavi e Fábregas. Na defesa o tradicional quarteto formado por Dani Alves, Puyol, Pique e Abidal.
Desta vez sem polémicas, Pepe foi dos melhores em campo e "encostou" o astro a um canto. |
Como supracitado, o Barcelona subiu de rendimento com a entrada de Pedro e chegou ao golo através do mesmo Pedro, conferindo ao Barça uma injusta vantagem face ao que acontecera até ao minuto 43 (o do golo), que mais injusta ficou com o excepcional golo de Dani Alves, já para além dos 45’.
Iniesta viu o azar bater-lhe á porta com uma lesão... |
...mas foi a partir desse momento que o Barça passou a jogar melhor e fez dois golos. |
Com o golo marcado, o Real acelerou ainda mais e chegou ao segundo através do avançado francês, a 15 minutos do final. Depois de ir para o intervalo a perder por 2-0, bastava ao Real marcar um terceiro para se apurar.
O Barça só acordou aos 80 minutos, com Messi, por duas vezes, e Pedro á procura do terceiro, que acabou por não surgir para nenhum dos lados, apesar dos muitos esforços de Ronaldo e Benzema.
Benzema fez o 2º dos merengues e deu esperanças ao conjunto madrileno. |
Imagens: www.record.xl.pt (excepto a primeira)
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