Em Santa Maria da Feira, os actuais líderes da Liga sofreram bastante para vencer um expedito Feirense, que procurou sempre fazer estragos na baliza de Artur. Pablo Aimar e Bruno César regressaram ao onze inicial por troca com os alas Gaitán e Nolito, acreditando Jesus que os alas teriam poucas oportunidades para desequilibrar e que Bruno César seria preponderante numa eventual bola parada, dadas as menores dimensões do terreno. Assim, o Benfica apresentou-se no Marcolino de Castro em 4-2-3-1 com Artur na baliza, Maxi, Luisão, Garay e Emerson; Witsel e Javi Garcia a trincos, Rodrigo na direita em vez da sua habitual posição de avançado, Bruno César na esquerda, Aimar no centro e Cardozo sozinho na frente.
Só que o Benfica nunca se conseguiu adaptar ás menores dimensões do relvado, bem como ás mexidas tácticas de Jesus e o Feirense aproveitou para começar o jogo por cima, tendo a possibilidade de inaugurar o marcador num cabeceamento do central Luciano, que saiu por cima, e num cruzamento/remate, aos 15 minutos, de Diogo Cunha que “beijou” a trave, perante um Benfica impotente que não conseguia dominar o jogo e soltar-se da pressão constante do adversário (prova disso mesmo foi a quantidade de vezes que Luisão e Garay tiveram que “despachar” a bola para a frente, já que não conseguiam sair a jogar).
A partir sensivelmente dos 20 minutos, Jesus deu “ordem de soltura” para Rodrigo se colocar ao lado do paraguaio na frente de ataque, e as águias passaram a jogar com dois avançados e em losango, com Witsel a abandonar o miolo e a jogar na ala direita.
Witsel jogou em várias posições e não esteve tá activo como noutras partidas. |
Rodrigo vai-se afirmando a cada jogo como imprescindível no onze encarnado; já Maxi fez uma óptima 2ª parte. |
Após o empate, Jesus não demorou muito a mexer na equipa e lançou Nolito e Gaitán para os lugares de Aimar e Bruno César, de modo a alcançar os três pontos. Com estas alterações, o Benfica ganhava finalmente “asas” para atacar um Feirense que de anjinho não teve nada; Witsel passou para número 10 e os recém-entrados posicionaram-se nas alas, num losango muito ofensivo que procurava desferir a estocada final. Com estas mexidas (e com um Maxi Pereira que surgiu na 2ª parte ligado á corrente) o Benfica encostou finalmente o adversário ás cordas e tomou conta do jogo até obter o que pretendia, leia-se o segundo golo, que surgiu num penalty convertido por Cardozo, a castigar falta de... Varela sobre Rodrigo, já depois do hispano-brasileiro (sempre ele) e Nico Gaitán terem desperdiçado oportunidades para fazer o segundo.
Óscar Cardozo fez mais um golo e eleva para oito os jogos cosecutivos a marcar. |
O jogo lá chegou ao fim e os encarnados conquistaram uma preciosa vitória arrancada a ferros que permitiu estar, na altura momentaneamente, com cinco pontos de vantagem para o rival Porto.
Fora das quatro linhas, nota para a lotação praticamente esgotada do Marcolino de Castro, apesar dos preços elevados para assistir ao encontro, com o Benfica a ser mais uma vez o “ouro dos pobres”. Nota também para a bancada atrás da baliza defendida por Paulo Lopes no segundo tempo, que cedeu com os festejos ao golo de Cardozo e para a grande atitude dos Diabos Vermelhos, que cumpriram o que disseram e não assistiram ao jogo dentro do estádio, mas puxaram pela equipa ao se colocarem num dos prédios junto ao estádio(seguramente pagaram ao condomínio desse mesmo prédio para lá poderem assistir á partida, mas decerto não tanto como se assistissem a jogo dentro do recinto desportivo).
Varela foi muito infeliz nesta partida. |
Imagens: www.record.xl.pt
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