terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Premier League (21ª jornada): tudo na mesma lá na frente

O Chelsea recebeu e venceu o Sunderland por 1-0 mas não se livrou de vários sustos nos minutos finais que, decerto, levaram Abramovich e Villas-Boas ao desespero.
Jogando de início com Oriol Romeu mais recuado, Lampard a 10 e Ramires, Meireles nas alas e o ataque formado por Torres e Mata, o clube londrino teve muitas dificuldades em levar de vencida o adversário, com um golo solitário de Lampard ainda na primeira parte a ditar a vitória para os da casa. A vitória foi difícil não pela falta qualidade da equipa londrina (Drogba, Mata, Lampard, Essien, Terry, Torres, Cech...), mas á semelhança do que já se viu em encontros anteriores, falta identidade á equipa, que não joga com prazer, parece muitas vezes desligada das partidas. O treinador português demonstrou no nosso país que qualidade não lhe falta, mas falta nesta aventura londrina acrescentar algo á equipa, falta um “click”. Neste jogo ficou demonstrado que Meireles na ala não funciona (mesmo): viu-se com alguma regularidade o internacional português a “fazer companhia” a Oriol no centro e assim o lado esquerdo londrino era uma auto-estrada para os black cats e Cole já não consegue parar tudo que surja á sua frente como em anos anteriores.
Lampard marcou o tento solitário da partida
No entanto, após o golo de Lampard á passagem dos 13 minutos, o Chelsea conseguiu parar o ímpeto inicial dos visitantes e controlou as operações até ao intervalo, indo para os balneários com um resultado demasiado magro para o que produziu. Na segunda parte a toada manteve-se até aos 65, 70 minutos de jogo, período onde o Chelsea passou de dominador a dominado e viu muitas vezes o Sunderland perto do empate. Villas-Boas apercebeu-se disso mesmo e lançou no jogo Essien, médio de contenção, e Malouda para os lugares de Lampard e Mata, respectivamente e o figurino táctico alterou-se para 4-2-3-1, jogando Oriol e Meireles a trincos, Ramires, Essien e Malouda no apoio a Torres. A entrada de Essien seria para parar as saídas do Sunderland logo na primeira fase de construção, mas o ganês regressou de uma lesão e precisa de ganhar ritmo.
O Chelsea lá conseguiu vencer a partida e mantém-se na luta pelo campeonato, se bem que é muito difícil que atinja o objectivo. Lampard foi o homem do jogo.
Não há maneira de Torres se conseguir impôr no clube londrino...
Menos dificuldades teve o Manchester United em derrotar em casa o Bolton por claros 3-0, mas o descanso só surgiu a 15 minutos do fim. Sir Alex Ferguson deu a titularidade a Scholes no centro do terreno ao lado de Carrick, jogando Nani e Valencia nas alas e a dupla atacante a ser formada por Rooney e Wellbeck, no típico 4-4-2 clássico há muito implementado pelo treinador escocês. Á semelhança de toda a partida, os red devils estiveram sempre por cima no jogo, mas pouca ou mesmo nenhuma velocidade implementavam ao jogo, que só acelerava quando chegava aos pés de Valencia que carregava a equipa ás costas em direcção á baliza contrária mas sem o marcador se alterar, nem mesmo de penalty, já que aos 22 minutos Rooney na conversão de um castigo máximo permitiu a defesa do guardião contrário.
O jogo continuou no mesmo ritmo até que Scholes decidiu dar um ar da sua graça e fez o golo inaugural para os da casa, permitindo que a equipa fosse para o intervalo a vencer, o que seguramente não impediu que sir Alex puxasse as orelhas á sua equipa pelo “futebol” praticado na primeira parte.
Scholes marcou o 1º da partida e o United foi a vencer para o intervalo.
O problema é que os jogadores devem-se ter feito de surdos e nada se alterou até aos 70 minutos, altura em que o treinador escocês fez entrar Giggs e Park para os lugares de Scholes e Nani (jogo fraco do português) e de imediato os efeitos da dupla substituição se fizeram sentir, não por algum deles ter marcado, mas porque incutiram mais velocidade (não muita, somente a necessária) de modo a que o actual campeão inglês marcasse por mais duas vezes num espaço de dez minutos e arrumasse por definitivo a partida. Valencia não marcou, mas realizou uma grande exibição e merece destaque como homem do jogo.
Wellbeck marcou o 2º e lesionou-se.
Por fim, o outro Manchester venceu por 0-1 no terreno do Wigan e manteve os três pontos de vantagem para o rival na luta pelo título.
A vitória era preciosa para o conjunto forasteiro de modo a manter a distância pontual para o rival, mas também por que vinha de duas derrotas, uma para a taça de Inglaterra com o rival e outra para a taça da Liga frente ao Liverpool e o City fez questão de se afirmar e levar de vencida a partida, num jogo que não teve grande emoção ou história e que é apenas significativo para as contas do City no campeonato.
Não é surpresa para ninguém o poderio do líder do campeonato, sobretudo do meio-campo para a frente, mas merece sempre uma nota de destaque qualquer equipa que jogue com Nasri, David Silva, Aguero e Dzeko, autor do único tento e que aproveitou da melhor maneira a ausência de Balotelli.
Não foi um grande jogo, mas o City continua a demonstrar toda a sua força...
Dzeko cabeceou para o fundo das redes e deu 3 pontos á equipa.
Imagens: www.record.xl.pt


Não tive a oportunidade de assistir aos jogos de Liverpool e Arsenal e por isso não será feita a análise desses encontros.

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